Ouço uma respiração
que não é minha
Que não é de ninguem
Ouço passos em uma
estrada de pedra e poeira que leva a contemplação do meu sono
Ouço acordes, trombones,
tambores, trompetes, apitos e sinos
Ouço crianças
Ouço uma cruel voz
que emana de algum lugar dentro de mim
Ouço minha mãe
Minha mulher
Meu irmão
Ouço esse mundo e outros
que não conheço
Me perco no som, me perco
na música
Me encontro nos ruídos
do desconhecido
Me encontro nos
gritos vazios
Ouço tanta coisa que
não me diz nada
E tão pouco o que
preciso ouvir
Tento ouvir o passado
e me esforço para ouvir o futuro
Mas me perco nos ruídos e me deixo ser achado na música.
Mas me perco nos ruídos e me deixo ser achado na música.
Nenhum comentário:
Postar um comentário