domingo, 8 de maio de 2011

Moça de vestido e sombrinha

Moça de vestido e sombrinha, parada em frente a igreja não sabe que as sacadas e janelas à vê.

Nostalgia, saudades de viver e estar onde nunca antes estivera.

Sobre os olhares da cidade, da igreja, das ruas e postes, das esquinas que se escondem, dos telhados coloniais.

Parada ali, um mundo exclusivo e particular à assiste.

E se eu me assentasse ao seu lado?

Minha cartola, meu terno, meu sapato, meu calor.

A tarde chega e a sombrinha se fecha, os cavalos levantam poera nas ruas, mas passam, assim como a tarde, os passaros, as pessoas e as horas.

A mesma sacada que à assinte, toca uma música para a moça de vestido e sombrinha.

E se eu lesse para ela? Minha lupa, meu livro, minha voz.

A lua gostaria de me ouvir, a moça talvez.


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