sexta-feira, 22 de junho de 2018

Quando me olhei

Quando me olhei
Achei estranho tudo que vi.
Fiquei a sós com reflexos
Confusos e aleatórios.
Então, tive medo
Mas continuei me olhando.

Dentro de mim
existe um amor inacessível, inalcançável.
Que não posso tocar
Que não muda
Não abala
Não se afoga.
Ele permeia minha confusão
Distorções
Clareia meus medos.

Quando me olhei
Eu quis ter raiva
Mas tive frio e choro.

Dispenso a dureza da razão
Dispenso a inércia do orgulho.

O amor que trago
Habita cada célula em mim
Cura toda estranheza
E transparece quem sou.

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