sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Plenitude

Uma casa em desordem
um sentido à clarear.
Tudo falta.
Sobra onde não deveria.
Sobram os passos a serem dados
e as frases desnecessárias.
O limiar entre pedras sobrepostas
nenhuma é igual a outra e todas buscam equilíbrio.

Uma cidade sitiada.
Um caos particular.
A subjetividade essencial buscando pouso.
Tudo sangra.
Pulsa onde não deveria.
Estanca o afeto demorado
e os sorrisos verdadeiros.

O minuto desperdiçado.
O dia jogado fora.
Tudo é certo.
Tudo vale a pena.
A alma se expandiu
e agora, a vida só pede aquela plenitude falsa.




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